segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Meus arames farpados de molho em um amaciante
Vou recolocar o mesmo som.
Virar do avesso um rosnado
e por meus arames farpados de molho em um amaciante.
Com esculturas diluíveis na boca
mudar seu nome para maça
e encaixar a eternidade dentro de um segundo,
então contemplar minha obra,
bela e frágil como o dedo mindinho de um bebê.
E pensar no maior volume que conseguir pensar
uma canção:
Nas vendas negras coloquei algumas estrelas,
Nas mordaças um sabor de mirtilos,
E dancei com os ouvidos acariciados por sinfonias
E dancei
com ao meu corpo sensível como um falo
no cosmos tão feminino.
Poema e ilustração
Solivan
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Brancos sol e chuva
As profecias de Igor (fragmento)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Carnes amargas
Mãos com palmas e afagos
Amputados
Carnes amargas
Que amarga os poemas
E mesmo pêssegos em calda
E eu distraído
Com o porquê que a língua não sente o gosto da língua?
E o ouvido não escuta o ouvido?
Não ouvi o mar rosnar, o vento uivar
E agora só me resta
Este léxico de náufrago
E beber num só gole um copo de guimbas
E gemer
Ai ,antítese anda tão parecida com a tese
E gemer
Ao ver no seu prato principal
Galetos com minhas asas
Tudo, tudo
Deixaram meus braços pensos
E os braços de minha alma mutilados
Como uma estátua grega
E gritei
Uma canção de protesto
Tentou calar-me com uma espingarda
Em minha boca
Mas com alguns furos
Fiz dela minha flauta
E o amor?
E a suavidade?
Está no interior da serpente.
Ilustração e poema
de solivan
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Todos os livros
Quero ler
todos os livros, todos
mas não só os livros
também os papiros e pergaminhos,
todos os sites,
apagar o abajur e ler em braille.
ler mãos, estrelas, búzios, vísceras e ideogramas,
ler música
adormecer lendo as majestosas partituras de uma sinfonia.
Traduzir sonhos e gestos
e pelos móveis de uma casa saber descrever as pessoas.
Ilustração e poema de Solivan
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