Crucificaram Vilela.
Crucificaram o poeta cínico
pobre e esnobe
de sorriso lascivo e abusado.
Crucificaram o poeta
pregaram-no em uma cruz
feita de garfo e faca.
Crucificaram o poeta
cheio de escárnio
e devassidão.
O poeta crucificado
pede frugalmente água
dão-lhe fel
suga o fel oferecido.
O derradeiro não
corta seu estômago
sangra uma mistura de
feijão, arroz e comprimidos para dormir.
Vilela inocentemente
nos dá ainda
a beleza de seu último milagre
faz sua coroa de espinhos
de roseiras florescer rosas vermelhas
e fala suas últimas e introspectivas
palavras
- Perdoa-me PAI,
mas eles sabem o que fazem.
Ano 33, dia 5
Vilela é editado no terceiro dia.
Poema e ilustração de Solivan
Solivan, meus olhos estão sempre encantados com seus versos!
ResponderExcluirum beijo poeta
Beatriz
"sua poesia solivan esta na alma como rouxinol esta nos ramos"!!! um abraço ze
ResponderExcluirE sempre com sorriso que recebo seus sua visita
ResponderExcluirBeatriz, sempre com alegria.
Oi Ze,que bom ver você novamente.
ResponderExcluirbonito, Solivan, comovente.
ResponderExcluirSer poeta é isso: ter a boca molhada de fel,
coração saltando pela boca. A gente sempre segura e leva bem devagar
bj, poeta
É neuzza,espero tambem ser editado no terceiro dia.
ResponderExcluir