Como lamento
tua morte Lorca,
como me dói,
como sinto até hoje,
já passado tantos milênios.
Atiraram em tua cabeça!
Atiraram em sua cabeça!
Que era tão suave,
um ovo de colibri
tão cheio de poemas.
Em mim tua morte não desbota,
é dor recente.
Mas não aconteceu esta manhã,
em mim é sempre,sempre
um dia após o teu funeral,
é sempre, sempre
a hora da solidão
em que vimos tua caneta caída.
Tua morte em mim aconteceu ontem
a las cinco de La tarde.
De Solivan
Seus pergaminhos, nada empoeirados, estão cada dia melhores!
ResponderExcluirBeatriz
Às cinco em ponto da tarde
ResponderExcluiro pranto por Sánchez Mejías
todo um lirismo que arde
numa voz de Andaluzia.
Em agosto de trinta e seis
cai o seu corpo em Granada
em dezenove do mês
jogam-no em Serra Nevada.
Teu sangue na poesia
na memória e na saudade
te mataram aquele dia
mas vives na eternidade.
Manoel de Andrade
Não estão empoeirados
ResponderExcluirpelo sopro suave de tua visita,Beatriz.
os colibris estão desaparecendo, Solivan.
ResponderExcluirMas a gente resiste. Lembrar Lorca dói sempre
sempre
E que bom encontrar, ainda, versos de Manoel, Manoel, Manoel...
la vida es eterna en cinco minutos
neuzza admirada
Neuza, que saudades de suas palavras
ResponderExcluirminha orações foram ouvidas,você ressurgiu.
Manoel,sua visita sempre me deixa orgulhoso,
ResponderExcluire é bom saber que ambos gostamos
do mesno poeta.
Lorca era mesmo um poeta enorme.