Coluna de Silverio da Costa para o jornal Sul Brasil
Solivan,O Encantador
“Encantador de Serpentes”,de Solivan Brugnara,conhecido apenas como Solivan,é um livro de poemas de alta voltagem,capaz,portanto,de aleijar os leitores menos avisados.O livro abarca uma enorme gama de temas,todos eles recorrentes ao mofino e transcendente cotidiano.Sua poesia quebra os padrões estabelecidos,para dar azo à criatividade e escapar dos fantasmas tradicionais,entrecruzando o real com o fantástico!Sua poesia é ácida, impiedosa, asfixiante, depressiva, lançando mão, inclusive, do nonsense,do insólito,do absurdo kafkiano,do chocante e do delírio,mas é cosmopolita, universal ,dado o rigor da linguagem demolidora, surrealista,e da forma,que abrange o visual, com fotos e desenhos;os poemas geometrificados,com amplas configurações típicas da estética do (neo)concretismo;e usa,ainda, versos polimétricos,em poemas densos ou prolixos,sobressaindo-se a anáfora e os versos que se repetem,dando-lhes uma aura evocativa.Tudo se submetendo ao jorro de ritmos alternativos.
Graças a esses recursos, os poemas de Solivan acabam transcendendo o seu próprio ponto de vista, para mostrar as facetas, muitas vezes cruéis,da existencialidade,transformando-a numa aventura humana diferente,que se volta para dentro de si mesmo,onde ocorre a simbiose que devolverá ao leitor a pungência da perversa condição humana,uma espécie de confronto entre a razão e a emoção,que alfineta a sociedade sem compaixão.
Não conheço o autor em tela, mas quero dizer que adorei o livro, não só pela multiplicidade de assuntos e pela maneira de os abordar,mas também por ser um livro diferente,a começar pela capa.Parabéns!
De Silverio da Costa
Tiro o chapéu para o Silverio. Eu não conseguiria descrever melhor a sua escrita!
ResponderExcluirvibro quando leio caras sensíveis como esse, Solivan, que enxerga tão profundamente,
ResponderExcluirque foi e mergulhou, se misturou ao seu delírio
tão absoluto, a essa poesia que liquidifica as
pedras. Querido Solivan
Nem eu Mari, também tiro o chapéu e faço reverencia.
ResponderExcluiré bom ser lido com interesse ,já escrevi que
ResponderExcluirpoemas quando lidos com desatenção perdem as plumagens.E a sua poesia Neuzza faz as pedras cantarem.
Meu querido Solivan, esse é um pouco do reconhecimento de seu talento! Que venha muito mais. Vc merece!
ResponderExcluirum brinde pelos olhos atentos do Silvério!
um beijo carinhoso
Obrigado Beatriz,um brinde também a teus olhos que lêem tanto meus poemas.
ResponderExcluirSolivan,parabéns! Quando alguém lê a nossa poesia, já é motivo de regozijo, quando alguém escreve sobre ela, podemos ficar muitos dias vivendo o contentamento. Ainda escreverei sobre os seus versos que tanto me encantam. Um abraço forte, querido!Rita Santana
ResponderExcluirVou esperar Rita,já muito feliz
ResponderExcluirsó por saber que a vontade de escrever sobre a minha poesia já passou pela sua cabeça.