segunda-feira, 25 de abril de 2011
Profecia
Na minha morte
milhões de pássaros vão cantar
por que milhões de pássaros cantam sempre.
Crianças nascerão,
por que crianças nascem todos os dias.
e como combinado também
muitos homens morrerão na mesma hora
que homens morrem a todo minuto.
flores se abrirão
por mais que aqui possa ser inverno
mas em algum lugar do mundo será primavera
e lá as flores se abrirão.
E rosas secarão em jardins e floriculturas
Porque há muito tempo que rosas secam nos jardins
e causam prejuízo nas floriculturas.
neste dia uma pomba fará seu primeiro voo
e nos cantos escuros e camas de toda a terra
haverá êxtases e fecundações
e terá em algum lugar chuva em outro sol
em metade do planeta será claro em outro escuro
como no ing-iang.
E posso profetizar
Que na exata hora da minha morte
alguns copos e pratos se quebrarão
para sempre
por que é corriqueiro que pratos quebrem.
Poema e ilustração de Solivan
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E a vida continuará para o mundo com a nossa ausência. Oxalá alguns versos sobrevivam em algumas memórias!Por enquanto, quebremos pratos e taças em homenagem à vida! Um beijo, Poeta!
ResponderExcluirQuando eu morrer, a tristeza vai acabar e os anjos farão festa no céu e eu habitarei na casa do Altíssimo!
ResponderExcluirvc traduziu em poesia esse sentimento q vem se apoderando dos meus dias, talvez pelas condições de minha mãe, que vagarosa e serenamente vai se apagando. Solivan, dure. Dure mais e mais.
ResponderExcluirRita lembra daquele poema do W. H. Auden,
ResponderExcluiro meu é seu oposto, porque o mundo não para,(Ainda bem) a morte é coloquial,mas enquanto posso vou ajuda-la nos pratos quebrados em homenagem a vida
e obrigado pela ajuda neste poema.
Espero que se possa entrar com meu querido prisma
ResponderExcluirMari nos aeroportos não deixaram leva-lo.
Sinto muito pela sua mãe Neuzza,vou tentar minha querida Neuzza quero rever você para cantarmos novamente.
ResponderExcluirEncantada com seus livros, seus poemas, suas soluções estéticas. Muito obrigada pelo presente valioso que você me mandou.
ResponderExcluirUm abraço grande, Ana
De nada Ana obrigado a você, por seu olhar sensível acariciar o dorso de meus livros.
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