segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Carrancas
Uma matilha de carrancas
protegem a frente
da casa de artesanato
três totens raivosos
Cérbero decapitado
com sorrisos de raiva
dentes despidos de lábios
bocas temerosas
que beija-flor pensou ser azaléia.
Os cães de cedro
ecoam, ecoam
um coro de lobos em caça
canto esculpido
em suas gargantas vermelhas.
Sigo mastigando imagens,
quando as engulo
escuto de minha língua involuntária.
“Carrancas têm traços de Picasso”
e crio um retrato dele onde
corpo e alma aparecem justapostos.
Ilustração e poema de Solivan
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Cá estou eu novamente, e mais uma vez encantada com seus versos Solivan. Sempre belas combinações e ilustrações que gosto muito! muito mesmo!
ResponderExcluirVir aqui no seu cantinho é sempre muito prazeroso!
bjos
Estava com saudades e preocupado Beatriz,sua visita faz parte do ciclo.
ResponderExcluirSolivan, querido! Obrigada pela visita ao blog. É novo, sim. Primeira experiência. Parabéns pela percepção de coisas que cruzam conosco e, indiferentes, apenas seguimos. As carrancas são maravilhosas! Pensei ter mandado e-mails avisando postagens. Beijos! Rita
ResponderExcluirOi Rita que bom ter você mais perto,gosto do sabor de sua poesia.Não recebi seu e-mail das postagens.
ResponderExcluirsolivan
tem seres em carne viva pelas ruas, rosnando,
ResponderExcluircomo lobos perdidos da matilha, separados do seu mundo. Picasso via. Você vê.
Mas também temos os uirapurus, que como você que cantam entre nos rosnados.
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