segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sou até aonde vai meu olhar


Eu sou tudo que minha visão alcança, sou enorme
sou até aonde vai meu olhar.
Com meus olhos toco as nuvens e o céu,
com meus olhos sinto os pássaros,
com meus olhos apanho as frutas mais altas.
Sou uma redoma de olhar,
imenso,moldável,
em mim cabe uma parte da rua
com seus carros,
mas a massa do meu olhar para nos prédios.
Se num quarto,
acabo em suas paredes,
em sua janela para a amplidão
sou até a linha do horizonte.
Se vejo a noite vou até as estrelas.
A carne do meu olhar tem tato,
e sente os ventos.
A carne do meu olhar sente gosto,
com ele lambo a prateada lua,
A carne do meu olhar tem olfato
e cheira a primeira flor de
Andrômeda.
Meu olhar é tentáculo
vai ao longínquo,
e toca o fim visível do Cosmos,
Meu olhar é língua de camaleão
e engole estrelas.
Por isto gosto de imensidões, onde meu olhar cresce
e me estendo até o máximo.
Sem meu olhar me reduzo,
fico apenas do tamanho do meu tato,
do tamanho de meu gosto.
Só meu pensamento é ainda maior
que meu olhar
e vai ainda mais longe,
Meu pensamento é o olhar do meu olhar
e chega até depois da linha do horizonte
e chega ao depois do Cosmos.

Poema e ilustração
de Solivan

6 comentários:

  1. Oi Sole beijossssssss
    Me responda do fundo do teu olhar, voce se sente uma "OVELHA NEGRA"?
    Nilva
    DEUS ESTA SEMPRE CONOSCO

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  2. Que bom te ver aqui Nilva,a ovelha negra é mais no sentido de estar sempre contra a corrente,
    sempre fui assim,você me conhece desde criança.

    Beijo Nilva,roubei todos os queijos que você
    mandou para a mãe,mas não conte para ela.

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  3. que mundo melhor se todos fôssemos "até onde fosse nosso olhar"...
    belíssima foto dos céus quedenses, penso...
    grande abraço...

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  4. E sim Leandro,o lindo céu quedense,
    obrigado pela sua visita,

    Seu amigo
    Solivan

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  5. olhar, olhar, olhar
    olhar a cada instante
    e ver e ver e ver
    até não mais saber...

    e que o pensamento seja a nave-mãe a nos levar além.

    Você olha as nuvens, Solivan, como ninguém.

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  6. Acho tão belas as nuvens Neuzza
    tem aquela beleza cotidiana,tão diária
    que nem percebemos.

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