segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ira no templo ll

Não posso falar da religiosa ciência,
nem dos atos litúrgicos das experiências
e de suas falsas promessas de vida e juventude eterna
ou de suas teorias apocalípticas
que prega dilúvios e o desaparecimento das águas ao mesmo tempo,
como um Moisés doido, já que a água é a mesma desde começo do mundo.
Não posso falar dos seus halal científicos cheios de jejuns e abstinências,
não posso falar das suas homilias a favor do sexo asséptico
apenas com as litúrgicas vestes para priapos.
Não posso falar que quero uma medicina
que liberte, que cure cirrose, que nos deixe comer sal à vontade.
Que quero uma medicina que me deixe comer doces, tomar cerveja o quanto eu quiser
Que me deixe livre, que cure a AIDS ou qualquer porcaria, ou qualquer doença venérea ouse tentar acabar com a festa.
Uma medicina que me deixe viver cheio de saúde e paz,
Uma medicina que me deixe abraçar meu irmão à vontade sem medo de gripe ou qualquer outra porcaria de contaminação.
Que pegue um coração doente e enceste em alguma lixeira com tabela de basquete e coloque outro novinho e saudável em seu lugar, sem tirar de outro homem.
Aí sim podemos chamar medicina, não esta medicina que por incompetência
enche-nos de culpa e remorsos como qualquer religião retrógada.

Tenho vontade de blasfemar
mas não posso falar
desta porcaria de ciência obvia, que só mostra pesquisas
que todos querem ouvir, que é covarde e politicamente correta
tenho vontade de perguntar: Caros senhores vocês
são cientistas ou cantores pop?

Não posso falar desta ciência
que tem resposta para tudo menos para o essencial.

Desta ciência que mente tanto, que peca tanto quanto
as franquias religiosas, islâmicos, católicos ou protestantes.
Olha não posso dizer, mas se Deus existisse,
o inferno estaria cheio de crentes, e o céu de ateus.
Ah meu doce Jesus, meu doce Buda, seus filhos não aprenderam nada, seus filhos continuam retrógados e estúpidos,
é sempre a liberdade e a verdade posta de lado a favor de uma falsa verdade,
e o pior em seu nome meu doce Jesus, meu doce Buda, meu doce Charles Darwin, meu doce Einstein.
Veja nos hospitais e templos
há apenas a procura pelas curas lucrativas
Enquanto esperançosos fiéis esperam como Lázaros as extremas unções das máquinas nas UTI`s, e os coxos que suas pernas renasçam como um rabo de lagartixa e os aleijados querem andar sobre as águas, os cegos verem mesmo raios ultra violetas e os surdos querem ouvir ate infra sons, mas quando?

Não posso falar da ciência e suas alfaias usadas para fabricar ganâncias e guerras,
nem que seus erros tão estúpidos quanto os da religião.
Não posso falar das eugenias, das bombas, das burras teorias cósmicas da física
como a de realidades clones,
já que um mundo com um só grão de pó fora do lugar já não seria
absolutamente igual ao outro.
Nada é absolutamente igual,
nem uma folha, nem um clone, nem um átono é absolutamente igual ao outro
porque o absolutamente igual é algo que não existe.
Mas os físicos nos falam como sacerdotes em vestes litúrgicas
deste cosmo tão inexistente como qualquer Deus
como se fosse um dogma que nos pobres fiéis
não temos como entender os desígnios do universo
e devemos ouvir sem questionar como um crente escuta tolices teológicas,
mas não posso falar, então me calo.A verdade dói.

Solivan


Nenhum comentário:

Postar um comentário