segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

No shopping center

Jairando um jazz

Abre-te Sésamo automático,
esta porta de translúcido vidro
para min,o Moisés de tuas águas sólidas.
Será que suas engrenagens,
suas roldanas esmaga-formigas, seus sensores
funcionam com passarinhos?
Ou a andorinha bate no vidro como
em qualquer outra vidraça
e morre na delicia de morrer em um vôo
despreocupado.
Gosto de caminhar no shopping
este museu de roupas e calçados contemporâneos.
Meus olhos acham os decorativos deuses indianos.
Meus olhos flecham o calcanhar dos arquiles.
Meus olhos acariciam as meninas.
Meus olhos vêm a noite pelas janelas
e navego
cruzando Andrômeda
cruzeiro transespacial.
Balanço do do marmmmMnsera quenoi esopsçao tem balndlço de marnm MnM barcobebbadoGIusgliuglurub lka voub jdhueueueucrzaudndo anfdromedasolto^ v ^ v ajdgi***#3m@r?/??< >
A labirintite passou
e ando agora com alma de Bosch
por este estômago cheios de loja
pronto para sugar todas,todas as vitaminas de meu cartão de credito.
Experimento perfumes
safiras liquidas, rubis aquoso,outro cor de urina.
Sou sexagésima sexta reencarnação de um alquimista
e sinto vontades
de misturar o odor da manha,
com fezes de beija-flor,
vulvas em cio
e noite com ovnis.
Por tudo em frascos Mirós.
Ascendo em escadas rolantes
braços imitando um urubu.
Paro para ver
na vitrines da loja de brinquedos
o super-homem
o que pode
cavalgar em cometas
e se alimentar de vácuo,
o que pode tomar um sorvete feito de massa solar.
E Batmam o frutívoro espalha pólen.
Barbies em esquives rosas
e vídeos- games onde
as crianças podem
decapitar virtualmente
estrirpar virtualmente
lobos, anões e madrastas.
Nos cinemas
olho os cartazes
como quatros em exposição.
Multidão de livros na livraria.
E toda a multidão esta cheia de cretinos e magos
E toda a multidão tem economistas e astrólogos.
E em toda a multidão tem um poeta.
Meus livros não estão na livraria
Nem do Thadeu de estrelas no bigode
Nem do Thadeu dez-dedos
na mão esquerda quando toca violão.
Nem do Jairo
O centauro que atravessa os oceanos a galope.
Nem do Jairo
Que abençoou as águas do riu Iguaçu
com poemas
e comeu pão com nanquim nas manhas.
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Compro hq do homem-aranha
e um livro do Schoenhauner.
Filosofos estão em promoção,
mais baratos que o gibi.
Paque um, leve dois.
Karl Marx em promoção
o capital em promoção.
Passo pela praça de má alimentação.
Barulho de atol das rocas.
Nos luminosos e placas em cores primarias
Uma salsicha de fraque e cartola.
Palhaços oferecendo hamburguês
e monge comida chinesa.
Sobre um cone o Evereste granulado com confeitos
vende sorvetes.
Sou tele-transportado por elevadores
de botões azuis fluorescentes.
3,2,1
Ejeção completada com sucesso.

4 comentários:

  1. um dia quero tomar sorvete com vcs, você, o Jairo; e passear pelos shoping centers; e ter meus ossos misturados aos de vocês daqui a séculos
    voando

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  2. Poema belo e forte Solivan.
    Armando

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  3. Obrigado Armando
    apareça mais,sua opiniao e importante para mim.Você é verdadeiro.

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