sexta-feira, 12 de março de 2010

Dark side

Prédios velhos e cariados,
suas portas e janelas
gritam como hospitais.
Boates com luminosos
feitos com lulas e
águas-vivas bioluminescentes.
Guizos, hienas, vodus nas esquinas,
crateras de fuzil nas paredes.
Becos mijados, úmidos escuros,
cheios de morcegos
e fetos nos lixeiros.
Mendigos no cio sobre
jornais velhos
ao lado de um cavalo morto.
Carros com arritmia,
ganido de sirenes e tiros.
Nas calçadas seringas e sangue,
crianças viciadas,
travestis siameses,
prostitutas em suspensão corporal
e um vendedores de hot dog,

De Solivan

4 comentários:

  1. Essa sim é uma poesia doída!

    beatriz

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  2. Beatriz,Beatriz como gosto de te ver aqui.

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  3. mundo tomado de zumbis e vodus...
    essa tragédia(o assassinato de Glauco e seu filho) se torna visível (é um artista conhecido) num sem fim de eventos hediondos
    e invisíveis

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  4. Cresci lendo o Clauco, o Lartes
    Neuzza,quantos sorrrisos ele me causou.
    Agora uma tristeza,filho personagens
    a dor na familia,o imbecil que se dissia Cristo bateu na filha dele tambem.
    Que horror,o horror.

    Solivan

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