segunda-feira, 14 de março de 2011

Incorpóreos





O homem

quase que não existe

é etéreo volátil

apenas pensamentos

sensações fugazes
somos imateriais

insólitos

incorpóreos
entidades ou essências

lendo as mensagens da carne


seres feitos de passado e passado não existe mais
dispersos

aglutinando-se temporariamente em alguma vontade



agarrando-se tenuamente ao símbolo do que é matéria

por que somente o símbolo do que sólido nos penetra

ou o homem

flutuaria no seu imenso interior




desprenderia



Poema e ilustração de Solivan

8 comentários:

  1. etéreo e volátil
    luzes numa dança eterna

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  2. símbolos,ícones que a matéria identifica. Somos feitos de sentimentos que o tempo leva. O tempo não nos atravessa, mas vamos com ele.

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  3. Neuzza a idéia deste poema veio-me lendo o seu poema.

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  4. É Mari,Maiakovski já dizia que ele era uma nuvem com calças.

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  5. Vou enviar o poema para o meu companheiro porque ele está em tempos de flutuações e voos. É leve, solivan! Bem leve!parabéns! Rita

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  6. Somos essência , lendo as mensagens da carne, interessante Solivan, e "com contas a pagar",parafraseando-te. É uma poesia deliciosamnete simples e complexa. Traz uma mensagem forte sem ser pesada!
    E a escultura é muito interessante, harmoniza-se com o poema. Parece bronze, é?

    Gostei muito, caro poeta escultor!
    beijo. Beatriz

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  7. E bronze falso Beatriz,coisa de escultor muquirana e com contas para pagar.tentei achar uma fundição
    artística mas por perto não têm.

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  8. Rita espero que ele goste seu e-mail(se e assim que vai enviar) também será leve.

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