sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Monalisa e hipopótamos(fragmento)

Quero olhar, olhar
Com telescópios e microscópios
Que tenho os olhos boquiabertos com o mundo

Ver
o universo
esta negra bonita de mais perto
e o big beng que ejaculou mundos pedras e sóis no seu útero
e pelo menos um foi fecundado.

Observar com carinho o ínfimo
Por que toda a vida tem
seu inicio no minúsculo.


Os perfumes,respirar os perfumes
do pão e do orvalho,
das ruas com cheiros de roupa nova,
das ruas com o cheiro aconchegante das cozinhas e frituras,
das lojas com o delicioso aroma das sandálias e sapatos.
Nos shoppings procuro
as livrarias
emanando o tentador aroma de livros novos,
entro nas perfumarias
para sentir as delicadas composições dos perfumistas
estas musicas feitas com das seivas e madeiras,
com flores, tangerinas e glândulas.
Experimento a dosagem orquestral
das graves gotas de cedro e o agudo dos cítricos
com suavidade de flauta das alfazemas,
toco os frascos que
me parecem recipientes alquímicos
estojos para alaúdes
essências envoltos em mantos e conchas de vidro.

Poema de Solivan

6 comentários:

  1. olá, solivan. a minha prima eliane vignatti sempre me indica suas obras, e eu visito-as sempre. desculpe nunca deixar comentários, é que estou sempre com a cabeça cheia. mas estou sempre lendo. abração

    andré boniatti

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  2. Obrigado pela sua visita André,
    é bom ser lido por outro poeta.
    Um abraço a você e a Eliane
    Sinto saudades da Penha,passei um ano morando
    no seminário do Verbo Divino.

    Solivan

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  3. oi Solivan, o seminário está lá ainda, não mais como seminário, agora como escola, cheio de crianças correndo. Não formou nenhum padre em 25 anos de existência, mas, como dizia o Pe. Dislau, formou bons pais!

    E o André tem muito talento também. Que vcs possam escontrar-se por aí um dia.

    beijos

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  4. Olá Eliane,acho uma pena,o seminário fechado,foi um bom ano o que passeia em Penha,tinha uma biblioteca que era meu passatempo predileto,
    Espero sim, Eliane um dia encontrar o André e falar de poesia e teatro com ele.
    Longa vida ao padre Dislau.

    Solivan

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  5. os teus versos sempre me renascem, Solivan

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