sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fragmentos do diário de Ariel

Sou um homem com ilustrações na alma
ando com ilustrações e passos vagarosos
um banco ao lado de uma árvore
convida-me a olhar a imensidão
sinto-me enorme, sou até onde
minha visão alcança.
Olho um pássaro no alto, distante
no céu azul com nuvens brancas
e me pergunto
quem é mais livre neste instante
o pássaro lá no alto
com olhos fixos na terra
ou eu de olhos perdidos e livres no firmamento
e neste momento
em que a retina engole o oceano
o céu e a linha do horizonte,
ouço o mar
e o barulho do mar
lembra-me
o som do interior das conchas.


De Solivan

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Solivan, estou aqui me deliciando com o seu poema.

    Que seus olhos continuem perdidos e livres no firmamento!

    úm beijo

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  3. Beatriz,
    sempre achei que a atenção é uma venda.

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