Vou recolocar o mesmo som.
Virar do avesso um rosnado
e por meus arames farpados de molho em um amaciante.
Com esculturas diluíveis na boca
mudar seu nome para maça
e encaixar a eternidade dentro de um segundo,
então contemplar minha obra,
bela e frágil como o dedo mindinho de um bebê.
E pensar no maior volume que conseguir pensar
uma canção:
Nas vendas negras coloquei algumas estrelas,
Nas mordaças um sabor de mirtilos,
E dancei com os ouvidos acariciados por sinfonias
E dancei
com ao meu corpo sensível como um falo
no cosmos tão feminino.
Poema e ilustração
Solivan